Estatuto Velho

Os olhos estão viciados,
palavras; fáceis presas, rélis vício.
Ficaram ficamos
tão habituados ao que não somos
que nos viciamos: TUDO!
pelos excessos,
As vozes?... coitadas,
vulgo, chulo maltratar,
por nós e calos vitimadas,
viciadas.

Tempo livre?
Não há. Há penas nos badalos dos relógios
que contam nosso tempo vivo,
que encurtam a distância que nos separa da nossa morte.
Como se morrer fosse o único remédio para o tempo.

Pobre condição humana,
subjugados pelas verdades de ontem
e os cassetetes na volta do trabalho e o trabalho na hora do descanso
e o descanso na hora da morte.

Não há glória no passado

[nostalgia é uma cicatriz na alma]

não há presentes no presente. O futuro é uma mentira metafísica.
O mais perto que já cheguei do meu destino
foi enquanto dormia.

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