E de tudo aquilo que não morreu
fez-se o nosso silêncio.
Olhamos alhures, folhas de um outono
que demora a distância de uma estrela já morta.
Mas amamos as explosões,
o instante que abandona sua condição
impermanente de ida
sem volta.
Porque um depois
guarda sempre o atônito inerte,
quando do além-ímpeto espelha no ser
uma reflexão vazia
e
a postura
curva
de um cansaço sem
repouso.