Não somos mais do que as memórias do que fizemos,
do que não fizemos,
arrependimentos sobre a própria condição
de existir e significar.
Ah, como doemo-nos vaidosamente na solidão remota,
como nos super-estimamos na fraternidade de um "bom dia",
simplesmente porque se não o fizéssemos talvez o mundo parasse de funcionar,
talvez precisássemos de construir mais árvores.
Que infeliz projeto,
não coubemos no mundo - que foi feito sem tamanho.
Mas ainda assim, me absurdo, me absurdo face ao meu próprio ser perplexo,
me absurdo porque palavras desgastam-se,
como qualquer engrenagem, como qualquer desespero, que se ameniza,
como se o ensaio falasse a verdade presa no medo,
subordinada à coragem! suspensa aos valores,
porque precisamos e nada mais.
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