Palavras nunca me faltaram.
Nem me faltam intenções.
Ansiedade.
A boca seca na fumaça da espera
de que um'outra a compreenda.
Sabe, as vezes é mais fácil sentir a solidão
no meio de muitos. No olho do furacão.
Os olhares... dizem dos mistérios da alma.
Mas eu... sou como esse disco velho, jogado sobre a mesa,
arranhado com indiferença, repleto de segredos esquecidos.
Concebido no útero vulnerável da dúvida.
Eu não quero que o papel acabe. Não quero
que a noite acabe. Quero
a carícia contida, o vento na cara
e a calçada da avenida.
Quero uma solidão madura que acompanhe a minha...
que lhe abrace e lhe estenda a mão.
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