O incompleto que sou
é a minha matéria.
O movimento da língua que diz:
- ainda
[me realiza,
e eu sou todos os meus não's
feitos de sombra.
Alheiamento
pela busca de identidade.
Quero a liberdade de saber negar
e nego! Por liberdade.
O Absurdo
é cheio de vãos
e furos e frestas.
A linha do tempo
enrolou,
deu nó, arrebentou, pegou fogo e
no meio da praça,
inventou o círculo,
morreu de velha.
Neguei a algema de meus relógios
pelo meu pulso.
Sem quando é o que eu quero
pela memória viva
das costas da história.
Sou mais o que quis
do que o que fui,
minha mais nobre substância
não chegou a ter forma,
realizou-se à razão do fogo
e pois, não se pensou.
De fato,
estou mais em minha sombra.
Onde sou sem me pensar.
Dormi à lembrança de muitas experiências.
O delírio sem dono é minha pouca verdade.
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