Antes de dormir
leituras inacabadas
uma reza do ideal
arquitetura celeste
curva no invisível
vontade de sentir
a inexatidão de querer
a distância das coisas
a surpresa de um verso
que não se adivinha
na lógica desmontada
por palavras alheias
ao destino composto
de sonhos que rimam
na avessa fonética
de uma criatura maior
que o tempo concebido
em fazer-se por nada
só a vontade de ver
concluído pra fora
o abissal sedimento
desmemoriado da vida
que se acumula nos leitos
de oceanos amantes.
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