Tennis And The Feral Prodigy

"Seja um Estudante do Jogo. Assim como muitos clichês do esporte, esse é profundo. Você pode ser lapidado, ou pode ser quebrado. Não tem muito no meio. Tente aprender. Seja treinável. Tente aprender com todo mundo, especialmente aqueles que falharam. Isso é difícil. Companheiros que fazem um fiasco ou explodem ou despencam, dão no pé, desaparecem dos rankings mensais, pulam fora do circuito. Companheiros da E.T.A. esperando deLint bater discretamente em suas portas e pedir para conversar. Oponentes. É educacional. Quão promissor você é como Estudante do Jogo é uma função sobre o que você consegue prestar atenção sem fugir. Redes e cercas podem ser espelhos. E entre as redes e cercas, os oponentes também são espelhos. Esse é o porquê da coisa toda ser assustadora. Esse é o porquê de todos os oponentes serem assustadores e oponentes mais fracos ainda mais assustadores.
'Se veja nos seus oponentes. Eles vão te levar a entender o Jogo. Aceitar o fato de que o Jogo é sobre medo administrado. Que o objetivo é largar de si próprio o que você espera que não vá retornar.
'Esse é o seu corpo. Eles querem que você saiba. Você vai tê-lo com você sempre:
'Nessa questão não há conselho; você deve adivinhar o melhor que puder. Quanto a mim, eu não espero jamais realmente saber."




trecho do Romance "Infinity Jest" do escritor e pensador norte-americano David Foster Wallace que se matou em 2008 e faria 51 anos no dia 21 de fevereiro, traduzido direto do original pelo meu genial amigo J.V.

para escrever um poema sincero

É preciso suavizar o "para sempre" que dizemos,
reconhecer o risco de um "nunca mais" dito sem pensar - e principalmente
o pensado.
Não hesitar diante da palavra ou
da boca.
Imprescindível viver todos os momentos em nome do amor
sem a mínima expectativa de ser amado;

aprender a dizer:

- eu te amo.

sem ferir ou aprisionar a pessoa amada.
Sem fazer da palavra uma moeda de troca onde há necessariamente uma resposta pra tudo.

Não temer o silêncio ao recostar-se na penumbra
aumenta olhos e ouvidos enquanto o tato
elabora suas fomes.
Contemplar a multidão
sabendo-se parte e diferença num mesmo corpo
revela que a vida nasce do impossível.

Sofrer terrivelmente,
carregar consigo todas as dores do mundo e chorar,
chorar e não limpar as lágrimas, rasgar as vaidades começando pela vergonha.

Decifrar a fragilidade por trás da violência
e ser monumentalmente forte pela própria precariedade.

Amar a provisoriedade de eternizar momentos e
continuar tentando esculpir o tempo -
acreditar que somos a nossa própria criação.