- Em festa de gala menino se usa é terno! É terno e gravata no pescoço!
- Mas eu num guento sô! Me sufoca as idéias.
- No mundo dos adultos o teatro cotidiano é coisa séria e a fantasia não pode faltar jamé!
- Adulto lá sabe fantasiar? Devagar com o andor... também num vamo confundir teatro com novela.
- Depois de muitos anos o espetáculo do teatro ou é o dos vampiros, ou o das baratas. E depois também com o tempo, o teatro assim como a missa foi reduzido ao palco da televisão, e as universidades à aulas tele-presenciais(risos sarcásticos).
- Tá bom que com a gastura dessa gravata me pegando no cangote eu já não tô nem ligando pra nada disso. Que a sensação que eu tenho vestido assim dessa maneira é que parece que esse sufoco vai me ser ETERNO!
- hahahahaha...
- eterno não, PERPÉTUO, que tudo aquilo que é eterno sem ser o terno me esmilinguindo - não sei se por capricho da linguagem -, mas me causa uma sensação do que é terno de ternura, e a eternidade tem lá seus ares ternos ecoando até o não-fim. E o que se perpetua é a minha aflição daqui de dentro das amarras sociais que se fazem até no pano o qual eu bicho burro que sou me prendo por escolha própria.
- Deixa de resmungo menino! Cê tá lindo assim, e vamo embora que a aflição perpétua é terno te pinicando e se acaba logo assim que eu tirar tua roupa e te mostrar o que é-terno em você, em mim, em nós, meu terno é-terno amor!
nosso filosófico É-Terno amor
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Vital
on quinta-feira, 29 de outubro de 2009
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semclusão
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on segunda-feira, 26 de outubro de 2009
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a conclusão, tudo isso que é sem nunca chegar a ser.
a conclusão, aquilo que não se conclui.
a única conclusão: é que não há
c
o
n
c
l
u
s
ã
o
a conclusão, aquilo que não se conclui.
a única conclusão: é que não há
c
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o
para Manoel de Barros
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Vital
on quinta-feira, 22 de outubro de 2009
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a poesia me completa
porque não me pede qualquer
genialidade.
Por isso faço versos sobre coisas desúteis,
como canções esquecidas e besouros virados com as asas pro chão.
Procuro palavras infantilizadas...
infantinventadas!
Procuro meus olhos de menino
no quintal da memória.
porque não me pede qualquer
genialidade.
Por isso faço versos sobre coisas desúteis,
como canções esquecidas e besouros virados com as asas pro chão.
Procuro palavras infantilizadas...
infantinventadas!
Procuro meus olhos de menino
no quintal da memória.
caso sério
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Vital
on segunda-feira, 19 de outubro de 2009
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se eu soubesse que a aparência de ser
nunca significa de fato o que está e finge que é
Ai! que eu nunca criava esse caso todo,
mas já cantava o toquinho que esse caso é um caso sério
e se eu soubesse que tentar saber do "se"
não é nunca saber da vida ou saber de si,
eu nem olhava pra trás pro parece ou talvez!
Aí outro dia eu resolvi inventar pra mim
que SE eu não sei de nada, nada me arrebata... ou TUDO
Mas eu continuei na suposição e NADA se resolveu...
ou TUDO!
nunca significa de fato o que está e finge que é
Ai! que eu nunca criava esse caso todo,
mas já cantava o toquinho que esse caso é um caso sério
e se eu soubesse que tentar saber do "se"
não é nunca saber da vida ou saber de si,
eu nem olhava pra trás pro parece ou talvez!
Aí outro dia eu resolvi inventar pra mim
que SE eu não sei de nada, nada me arrebata... ou TUDO
Mas eu continuei na suposição e NADA se resolveu...
ou TUDO!
nem sombra nem luz nem discussão
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Vital
on sexta-feira, 16 de outubro de 2009
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Mesmo que te cubras de pranto
Teu pranto nunca cobre teu sal
És sal, e cobre, e tanto.
E no entanto, salivas fatal!
Te afastas teu próprio foi-se
Como ceifa a morte, a raiz!
Faças, porém, com tua foice
Como a calçada fez com teu giz.
Te encerras naquilo que és
Mas não te dê por satisfeito.
Vê te escoar, pois, pelos pés
Nada de ti, senão teu defeito.
Que restes sem te dar conta
Entre os que nunca te esquecem
Mas aos distantes que em si te merecem
Concedas a ponta daquilo que destes.
Belíssimo poema do meu grande camarada Natan.
Teu pranto nunca cobre teu sal
És sal, e cobre, e tanto.
E no entanto, salivas fatal!
Te afastas teu próprio foi-se
Como ceifa a morte, a raiz!
Faças, porém, com tua foice
Como a calçada fez com teu giz.
Te encerras naquilo que és
Mas não te dê por satisfeito.
Vê te escoar, pois, pelos pés
Nada de ti, senão teu defeito.
Que restes sem te dar conta
Entre os que nunca te esquecem
Mas aos distantes que em si te merecem
Concedas a ponta daquilo que destes.
Belíssimo poema do meu grande camarada Natan.
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Vital
on terça-feira, 13 de outubro de 2009
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a vida
e s c a p a . . .
à Razão.
e s c a p a . . .
à Razão.
seis da tarde(hora pequena)
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Vital
on sábado, 10 de outubro de 2009
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Seis horas da tarde:
Café novela oração
A fé a vela e a televisão
O pão divinizado pelo homem mais verdadeiro e que nunca foi Cristão.
A verdade não se encerra a si mesma numa mera definição,
nem há tempo ou espaço existente
entre um homem e ele mesmo
pra que ele seja seu próprio seguidor.
Pão, café, televisão, vela
fogo e transformação, seis da tarde no Brasil
laico por constituição,
É hora da ave maria no rádio
e do "santo" conceito inquestionável da televisão
Roma é passado ou
misturou-se tudo isso e fez-se em ressurreição, não a do cristo
que nunca chegou a ser cristão,
Mas a da ilusão de uma barriga tapeada com migalhas de pão
e de uma vida preenchida e vivida através da televisão.
Jesus é um nome como outro qualquer.
Crucificado morto martirizado e idolatrado
pelos mesmos algozes
porque quis instaurar no homem
a sua própria revolução.
O Brasil não é laico
nem uma nova Roma pagã,
e o crucifixo não significa nunca
qualquer devoção.
Seis da tarde:
Fé café pão ave maria televisão
e os mesmos julgamentos que não cansam nunca de serem,
e serem em vão.
Resposta
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Vital
on segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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Em mim não há pressa
ou
vagar,
O tempo não foge ao meu
hoje.
ou
vagar,
O tempo não foge ao meu
hoje.
Eu não sei
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Vital
on sexta-feira, 2 de outubro de 2009
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Tu me quer
sem que eu te queira,
Quer meu querer
sem essa dor que o querer traz n'algibeira.
Não sei te amar
não sei te querer
te esqueço nos versos
Nem me importo se tu vai ler.
O amor não é uma bolsa de valores
ele é a própria essência de todos os valores,
eu não sei amar sem esperar
Nem sei o não-amor da não-espera.
sem que eu te queira,
Quer meu querer
sem essa dor que o querer traz n'algibeira.
Não sei te amar
não sei te querer
te esqueço nos versos
Nem me importo se tu vai ler.
O amor não é uma bolsa de valores
ele é a própria essência de todos os valores,
eu não sei amar sem esperar
Nem sei o não-amor da não-espera.