nosso filosófico É-Terno amor

- Em festa de gala menino se usa é terno! É terno e gravata no pescoço!

- Mas eu num guento sô! Me sufoca as idéias.

- No mundo dos adultos o teatro cotidiano é coisa séria e a fantasia não pode faltar jamé!

- Adulto lá sabe fantasiar? Devagar com o andor... também num vamo confundir teatro com novela.

- Depois de muitos anos o espetáculo do teatro ou é o dos vampiros, ou o das baratas. E depois também com o tempo, o teatro assim como a missa foi reduzido ao palco da televisão, e as universidades à aulas tele-presenciais(risos sarcásticos).

- Tá bom que com a gastura dessa gravata me pegando no cangote eu já não tô nem ligando pra nada disso. Que a sensação que eu tenho vestido assim dessa maneira é que parece que esse sufoco vai me ser ETERNO!

- hahahahaha...

- eterno não, PERPÉTUO, que tudo aquilo que é eterno sem ser o terno me esmilinguindo - não sei se por capricho da linguagem -, mas me causa uma sensação do que é terno de ternura, e a eternidade tem lá seus ares ternos ecoando até o não-fim. E o que se perpetua é a minha aflição daqui de dentro das amarras sociais que se fazem até no pano o qual eu bicho burro que sou me prendo por escolha própria.

- Deixa de resmungo menino! Cê tá lindo assim, e vamo embora que a aflição perpétua é terno te pinicando e se acaba logo assim que eu tirar tua roupa e te mostrar o que é-terno em você, em mim, em nós, meu terno é-terno amor!

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