Era um dia feliz na vida.
Ela cantava baixinho por baixo de um sorriso incontido
enquanto o elevador descia.
No sexto andar entrou um senhorzinho de boina xadrez:
- Boa tarde moça!
- Ótima e um lindo sol detrás da chuva fresca.
- Ah o tempo... o tempo é sempre bom.
- Falar do tempo assim como clima é um pouco simplista... não?
- Falo do tempo sem temporalidade, o tempo das cozinheiras, o tempo dos pedreiros e dos feirantes, o tempo dos meninos. O outro tempo eu não falo, é ele quem fala, por si só, no meu rosto, nas minhas mãos e no esquecimento.
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