A Solidão, a Morte, o Gozo
igualam todos os homens.
Muitos se perdem por esses descaminhos,
não faz mal
nem bem.
Impossível condenar quando já se é um condenado.
Condenado à Morte, nascido no Gozo e sozinho
inescapavelmente sozinho.
Conheço os que temem a Solidão pelo seu jeito de andar,
eu não a temo
eu tenho vocação pra ser sozinho, é a Minha Solidão que me acompanha
a toda sorte.
A Morte é a certeza de um encontro infalível
Lá no Final da minha estrada de passos.
Gozar é se Libertar de toda Necessidade.
Liberdade e Necessidade
Gozar.
Há Fome também, não me esqueci,
fiquei pra sempre é
desesquecido por esses meus descaminhos,
vi a Fome devorando a Liberdade dos homens,
das crianças e das mulheres sem nome.
Tão solitários todos eles,
tão desbotados os olhares e embrutecidos
os seus prazeres.
Num desses ébrios desvarios
confundi pra sempre o Silêncio
com a Necessidade.
Ensimesmei-me enquanto escrevia
e amei Minha Solidão.
Ai o Amor sem quando
caminhante desses e de todos os outros descaminhos
sem razão e sem juízo.
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