Era uma noite quente enluarada
parecia-me infinita
doce ilusão
Enganei-me.
Amanheceu um dia frio nebuloso
pareceu-me que seria infinito
enganei-me novamente
Estava e deixei de estar então
aflito.
As palavras... ah! As palavras...
elas sim são infinitas
e eternas
nas bocas e na escrita,
No esquecimento...
mas e o amor que as confere alma
é acaso eterno ou infinito?
Não sei se ele se repete se repete se repete
ou se sou eu que me repito.
Não quero controlar nada
Por fim o vento espalha
e deixa tudo assim... sem fim
mas é o mesmo estar sem fim que estar-se infinito?
Depois vem o mar e engole o fim sem fim
e o infinito
Engole o engano
a interrogação...
meu pobre grito.
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